Culturas entrantes no Espírito Santo são novas fontes de renda e diversificam produção agrícola

Postado por Sescon ES em 11/10/2023 | Categoria: Sem categoria -

Novas alternativas de renda no meio rural têm atraído os olhares dos produtores no Espírito Santo. No último ano, a produção agrícola cresceu 5,39% em relação a 2021, de acordo com Pesquisa Pecuária Municipal (PAM/IBGE). Com o levantamento dos dados, se destacam registros inéditos de culturas emergentes no Estado, como a soja, que teve 80 hectares de área colhida, 200 toneladas de produção, com produtividade média de 2,5 toneladas por hectare. A azeitona também é uma novidade, que teve registro de 30 hectares de área colhida, 6 toneladas de produção e produtividade de 200 quilos por hectare.

Essas culturas evoluíram de plantios experimentais e estão passando a fazer parte da diversificação de fonte de renda dos estabelecimentos rurais. O Espírito Santo, embora tenha o café como carro-chefe da produção agrícola, também produz diversos outros produtos. As novas culturas entrantes ampliam ainda mais o portifólio do Estado e corroboram com o fortalecimento da economia rural, gerando uma expectativa positiva para os produtores.

A soja é uma das principais commodities agrícolas do País e tem desempenhado um papel significativo na economia brasileira nas últimas décadas, representando mais de 46% das exportações do agronegócio brasileiro. Já no Espírito Santo, os registros estatísticos da produção de soja no Estado advêm de um único município: Pinheiros, que teve 80 hectares de área colhida, 200 toneladas de produção, com produtividade média de 2,5 toneladas por hectare. Essa produção gerou R$ 563 mil dentro da porteira, segundo dados do IBGE 2022.

A região norte do Estado é considerada mais propícia para o plantio de soja e tem explorado gradativamente essa cultura. Outros municípios, como Montanha, São Mateus, Jaguaré, Linhares e Conceição da Barra também têm potencial para a expansão, devido às condições climáticas e de solo mais adequadas para o cultivo de soja, incluindo temperaturas e precipitações pluviométricas favoráveis. Segundo a Gerência de Dados e Análises da Seag, a cultura se expande pela região norte, mas ainda não existem dados significativos para serem capturados para dados oficiais, pelo IBGE.

A cultura da olivicultura também ganha força no Estado. Indicado para regiões de clima temperado e frio, com altitude entre 800 e 1200 metros, o cultivo da azeitona e a produção de azeite no Estado têm crescido ao longo dos anos, com mais agricultores investindo nessa atividade e buscando técnicas modernas de cultivo e produção de azeite de alta qualidade. O azeite produzido no Espírito Santo começa a ganhar reconhecimento pela qualidade, tanto em nível nacional quanto internacional.

“A olivicultura é uma alternativa para diversificar a renda dos produtores rurais, gerando emprego e renda. O cultivo de azeitonas é indicado para regiões de clima temperado e frio, ou seja, nas regiões de maior altitude, e a recente conquista do processamento para a produção de azeite potencializa o agroturismo dessas regiões. A expectativa é criar oportunidade para o aumento da produtividade e rentabilidade do produtor rural, agregando valor, conhecimento e o uso de novas tecnologias para atender à demanda com as oliveiras”, comentou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

No Brasil, a olivicultura se concentra em estados, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Amazonas. No Espírito Santo, na região serrana. Atualmente, o Estado tem, aproximadamente, 300 hectares de área plantada de azeitona, envolvendo cerca de 150 produtores, com abrangência em 17 municípios dos 23 da região serrana do Estado vocacionados para o desenvolvimento da atividade.

O produtor rural Paulo Sardenbeg, do distrito de Aracê, Pedra Azul, em Domingos Martins, é morador de uma dessas regiões. Ele conta que, inicialmente, o projeto do cultivo foi colocado em prática para aproveitar o clima frio da região e, atualmente, se tornou um elo entre irmãos, filhos e sobrinhos. “Há seis anos, demos início ao cultivo de azeitonas na propriedade que se tornou a principal cultura cultivada aqui. São três gerações envolvidas no processo de produção e a expectativa para este ano é produzir uma tonelada de frutos”, comentou.

No último ano, foi realizada na propriedade dele a primeira produção de azeite de oliva extravirgem, mas as safras até o momento foram experimentais. Sardenbeg conta ainda que existem desafios para atingir a nutrição adequada do pomar. “A nutrição é controlada por meio análises sistemáticas do solo e da planta, além do controle de doenças. Por isso, os trabalhos de assistência técnica são de fundamental importância para o manejo, nutrição e controle de pragas”, ressaltou.

A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) realiza, por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), todo um trabalho de orientação e assistência técnica com os produtores que têm investido nessa atividade, buscando técnicas modernas de cultivo e produção de azeite de alta qualidade.

O Incaper deu início ao Projeto de Olivicultura no Espírito Santo em 2012, com a implantação de uma Unidade de Observação em Caldeirão, em Santa Teresa. Em 2015, o plantio de oliveiras foi difundido para outras localidades e, atualmente, abrange 17 municípios capixabas.

O foco do projeto é a produção de azeite extravirgem de baixa acidez, visando à expressão da qualidade superior do produto. O primeiro azeite capixaba de caráter experimental proveniente da Unidade de Observação foi produzido no ano de 2018 e, em 2021, foi extraído o primeiro azeite extravirgem dos plantios comerciais e o processamento já foi realizado em terras capixabas.


O Estado já conta com seis marcas de azeites extravirgem, com aroma e sabor diferenciados, genuinamente capixabas. De acordo com a extensionista do Incaper Ranusa Coffler, o mercado é enorme pois o Brasil produz menos de 1% do azeite que consome, o restante é todo importado.

“A olivicultura surge como oportunidade, uma vez que o Estado apresenta regiões aptas ao cultivo de azeitonas, semelhantes as regiões produtoras do País, principalmente a região da Serra da Mantiqueira”, explicou Ranusa Coffler. Ela lembrou que o Estado tem uma área plantada de cerca de 300 hectares, distribuída em 17 municípios, e algumas dessas áreas estão iniciando a produção.

A extensionista do Incaper lembrou ainda que a demanda pelo produto é alta, porém a quantidade produzida ainda é pequena e muitos gargalos precisam ser superados para garantir a produção e melhorar a produtividade. “A integração entre pesquisa, assistência técnica e olivicultores é o que garantirá um futuro promissor para a atividade no Estado”, salientou Ranusa Coffler.

O azeite de oliva é valorizado por seus benefícios à saúde e sua utilização na culinária. A produção de azeitonas e azeite no Espírito Santo contribui para a diversificação da agricultura local, gerando empregos e fomentando a economia das regiões produtoras.

 

Fonte: https://www.es.gov.br/Noticia/culturas-entrantes-no-espirito-santo-sao-novas-fontes-de-renda-e-diversificam-producao-agricola?utm_smid=10865669-1-1

Os comentários estão fechados.

0 Comentários para "Culturas entrantes no Espírito Santo são novas fontes de renda e diversificam produção agrícola"

Instituições Financeiras

Listagens com os bancos em todo território nacional e créditos para empresa.

Consulte Aqui

Modelos de Documentos

Modelos de Contratos, Procurações, Declarações, Requerimentos e muito mais.

Consulte Aqui

Emissão de Notas Fiscais

Tire suas dúvidas sobre emissão de notas fiscais em vários estados brasileiros.

Consulte Aqui

Programação

Confira nossa programação de palestras e eventos. Clique aqui e faça sua inscrição.

Consulte Aqui

Tabelas Práticas

Tabelas trabalhistas, do Simples Nacional e outras.

Agenda de Obrigações

Confira nossas agendas de obrigações fiscais.

Facilitador Contábil

Links variados de utilidade contábil e empresarial.

Certidões Negativas

Certidões, Dívida Ativa, Simples, Previdência Social.

Desenvolvido por Sitecontabil 2017 - Todos os Direitos Reservados - [ ]